Você sabia que o esgotamento profissional pode ser considerado um distúrbio? Veja, a seguir, como se “blindar”.

Burnout, em tradução livre, significa: “queimar por completo”, mas a tradução mais adequada é “esgotamento” – como uma bateria sem energia.

Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônicos provocados por condições de trabalho físicas, emocionais e psicologicamente desgastantes e desmotivadoras. A síndrome se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso.

Profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes penitenciários, bombeiros, policiais, atendentes de telemarketing e mulheres que enfrentam dupla jornada correm um risco maior de desenvolver o transtorno.

Esta síndrome é muito comum entre workaholics, os famosos “viciados em trabalho”.

Workaholics x Worklovers

É importante termos a consciência de que existe uma grande diferença entre ser viciado e amar o que você faz. Eu me considero um worklover. Por quê? Eu trabalho com dedicação, entusiasmo, alegria, satisfação e com 100% de foco.

Ser workaholic, por outro lado, é dedicar 100% do seu tempo ao trabalho. Ou seja, você não tem um trabalho, é o trabalho que te tem!

Por causa do vínculo de dependência que criam com o seu trabalho, os workaholics recebem tudo com mais intensidade. Por isso, vivem estressados e se sentindo pressionados. E, desta forma, se tornam fortes candidatos a desenvolverem a Síndrome de Burnout. Além disso, acabam transferindo essa carga negativa para seus colegas de trabalho, gerando muitos conflitos.

Principais sintomas

Além da sensação de esgotamento físico e emocional, existem outros sinais, como: agressividade, isolamento, mudanças bruscas de humor, irritabilidade, dificuldades de concentração, lapsos de memória, crises de ansiedade, pessimismo e baixa autoestima.

A Síndrome de Burnout também pode causar: enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia, crises de asma e distúrbios gastrintestinais.

Normalmente, esses sintomas surgem de forma leve, mas tendem a piorar com o passar dos dias. Por essa razão, muitas pessoas acham que pode ser algo passageiro. 

Para evitar problemas mais sérios e complicações da doença, é fundamental buscar apoio profissional assim que notar qualquer sinal. 

Causas mais comuns

Ambientes de cobrança excessiva e agressiva, alta carga de volume de trabalho, pressões constantes, longas jornadas de trabalho, contato excessivo com o público, conflitos constantes com colegas de trabalho, pouco repouso, salário abaixo da expectativa e demorar muitas horas para chegar ao trabalho são as principais queixas entre os pacientes.

E como reverter o quadro?

O tratamento da Síndrome de Burnout inclui:

1. – Medicamentos para tratar seus sintomas prescritos por um especialista;
2. – Sessões de terapia individual e coletiva;
3. – Apoio emocional de familiares, amigos e colegas de trabalho; 
4. – Dormir, no mínimo, 7 horas por noite;
5. – Incluir na rotina a prática de exercícios físicos;
6. – Uma alimentação equilibrada;
7. – Praticar meditação.

O coaching é também fundamental no desenvolvimento da resiliência, gestão emocional e disciplina, além de oferecer ferramentas que te ajudam a lidar com pessoas difíceis e a não sucumbir às pressões do ambiente de trabalho.